quarta-feira, 9 de abril de 2014

Chapada Diamantina - Paisagem preciosa

Eu sempre quis muito conhecer a Chapada Diamantina - não sei nem dizer por que razão. Era uma intuição. Em 2010 resolvi tomar coragem e ir - me inscrevi numa excursão com caminhada, e lá fui eu! Ao chegar, conheci o meu grupo - umas sete mulheres, e apenas um homem. Tínhamos um guia, e um jeep velho para nos conduzir.
Para quem não sabe, a Chapada Diamantina situa-se no centro do estado da Bahia, e tem esse nome devido ao ciclo do diamante que se iniciou na região em 1844, e teve seu declínio em 1871, durando aproximadamente 27 anos.
Quando a gente está lá, o assunto "diamante" é muito presente. Cada morador tem uma estória para contar. Lembro-me de uma estória que achei incrível: numa certa família, o avô havia falecido, deixando mulher e vários filhos pequenos. Ele havia deixado de herança uma garrafa repleta de diamantes, e assim a viúva conseguiu criar todos os seus filhos em paz - quando precisava de dinheiro, recorria a garrafinha.
Outra estória que ouvi: uma moça estava varrendo seu quintal, quando de repente avistou um diamante enorme no chão de terra. Parece conto de fada, né?
O olhar de quem mora lá é voltado para o chão de terra. Dizem que ainda tem muito diamante por lá. A esperança de encontrar um é sempre presente. Qualquer pessoa que mora na Chapada tem algum diamante para te mostrar. Eles chamam de "mosquitinho"  (diamantes bem miúdinhos.)
Fomos também conhecer o lapidador de diamantes local. Ele trabalhava num casarão modesto, de madeira, na cidade de Andaraí. Para a nossa surpresa, ele nos mostrou um diamante lapidado gigantesco, desses que eu só tinha visto em grandes joalherias. Só que nesse caso, não tinha sequer um segurança na porta, como se fosse absolutamente normal!
O diamante só poderia estar mesmo na Chapada. Uma preciosidade de lugar, muito requintado. Eu sempre falo que a verdadeira Disney é a Chapada. Os olhos vêem paisagens além da imaginação. As cores, as águas, as pessoas, a comida… o lugar é sagrado.
Caminhamos muito, o meu corpo foi ganhando força. vi as mais belas árvores. Nadei nos rios mais límpidos. 
No último dia estávamos tão felizes, que ao entrar no nosso jeep velho, começamos a cantar o hino nacional. Estávamos transbordando, precisávamos cantar. Deu orgulho de ser brasileira.

  
      
   
  
                
Caminhão de reciclagem de lixo: "Sorria, você está na Bahia"!
 

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