Empates são manifestações
usadas por ativistas seringueiros como Chico Mendes, com o objetivo de fazer
uma “corrente humana” com as mãos dadas em torno da área a ser devastada, e
assim impedir o seu desmatamento. Não produz o movimento do ataque, mas se posta
na frente do teatro da guerra. Conduz a opinião pública a conclusão de que quem
atacou primeiro foi o madeireiro, o latifundiário. Chico Mendes conseguiu
convencer que o madeireiro estava atacando os povos da floresta, e por isso o
empate foi visto como um contra-ataque. Os atores do empate estavam portanto se
tornando árvores, pássaros, raízes, animais, riachos e plantas. Levantavam-se
em seu lugar! As mulheres eram a castanheira, a envireira, os cipoais. Os
anciãos eram os pássaros, os insetos, as larvas, os animais. Os homens, a
sapucaia, a sapopema, o tucum. As crianças eram os riachos, os lagos, as gotas
teimosas do orvalho, o ciclo da chuva.
Em 2012 viajando pela Amazonia de barco, pude ver com
os meus próprios olhos a imensa tristeza e agonia que é o desmatamento. Aquela mata perfeita, intocada, sendo violentada. O que fazer? Sentimento de angústia e impotência.
Lama Caroline da Inglaterra maravilhada com a viagem: "…Pure land, pure land!…" |
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