quarta-feira, 16 de abril de 2014

EMPATE


Empates são manifestações usadas por ativistas seringueiros como Chico Mendes, com o objetivo de fazer uma “corrente humana” com as mãos dadas em torno da área a ser devastada, e assim impedir o seu desmatamento. Não produz o movimento do ataque, mas se posta na frente do teatro da guerra. Conduz a opinião pública a conclusão de que quem atacou primeiro foi o madeireiro, o latifundiário. Chico Mendes conseguiu convencer que o madeireiro estava atacando os povos da floresta, e por isso o empate foi visto como um contra-ataque. Os atores do empate estavam portanto se tornando árvores, pássaros, raízes, animais, riachos e plantas. Levantavam-se em seu lugar! As mulheres eram a castanheira, a envireira, os cipoais. Os anciãos eram os pássaros, os insetos, as larvas, os animais. Os homens, a sapucaia, a sapopema, o tucum. As crianças eram os riachos, os lagos, as gotas teimosas do orvalho, o ciclo da chuva. 






Em 2012 viajando pela Amazonia de barco, pude ver com
os meus próprios olhos a imensa tristeza e agonia que é  o desmatamento.  Aquela mata perfeita, intocada, sendo violentada. O que fazer? Sentimento de angústia e impotência.

Lama Caroline da Inglaterra maravilhada com a  viagem: "…Pure land, pure land!…"


Nenhum comentário:

Postar um comentário